sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Queremos a proibição da gordura trans no Brasil




Porque queremos que seja totalmente proibida?

Fonte: G1
"A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obriga todos os fabricantes de alimentos industrializados a indicar no rótulo do produto a quantidade de gordura trans presente. A legislação, criada em 2006, possui uma brecha que permite que a quantidade de gordura trans seja omitida se for inferior a 0,2 gramas por porção.

Com a informação camuflada, os consumidores não conseguem controlar a quantidade de gordura ingerida e o total diário pode passar do recomendado pela Anvisa, que é de 2 gramas por pessoa.

A gordura trans é usada pela indústria alimentícia para aumentar o sabor e o tempo de conservação dos produtos. Ela é prejudicial à saúde por elevar os níveis de colesterol ruim, a Lipoproteína de Baixa Densidade (em inglês LDL) , e diminuir o colesterol bom, a Lipoproteína de Alta Densidade (em inglês HDL). Essas alterações nas taxas aumentam o risco de doenças como infarto e acidente vascular cerebral.

O consumidor precisa estar atento mesmo com o rótulo indicando zero de gordura trans no alimento. Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostrou que outros 23 ingredientes podem conter a gordura. Metade dos rótulos analisados na pesquisa citava gordura na lista dos ingredientes, mas só 18% informava que a quantidade era maior que zero por porção.
A estudante Letícia de Andrade espera que a legislação seja revisada pela Anvisa. “É muito complicado porque se não temos a informação no rótulo a gente vai comendo e ultrapassa o limite diário recomendado sem perceber.”
De acordo com a Anvisa, as regras sobre gordura trans nos rótulos estão sendo revisadas, mas não há prazo para que as mudanças sejam feitas. A proposta é que seja reduzido o valor não significativo que hoje é de 0,2 gramas por porção.

Confira a lista de ingredientes que possuem gordura trans:
- Gordura
- Gordura vegetal
- Gordura de vegetal de girassol
- Gordura vegetal de soja
- Gordura de soja parcialmente hidrogenada
- Gordura hidrogenada
- Gordura hidrogenada de soja
- Gordura parcialmente hidrogenada
- Gordura parcialmente hidrogenada e/ou interesterificada
- Gordura vegetal hidrogenada
- Gordura vegetal parcialmente hidrogenada
- Hidrogenada
- Margarina vegetal hidrogenada
- Óleo de milho hidrogenado
- Óleo vegetal de algodão
- Soja e palma hidrogenado
- Óleo vegetal hidrogenado
- Óleo vegetal líquido e hidrogenado
- Óleo vegetal parcialmente hidrogenado
- Creme vegetal
- Composto lácteo com gordura vegetal
- Margarina
- Margarina vegetal
- Mistura láctea para bebidas
 
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Carta Aberta da SBD, SBEM e ABESO ao Governo Brasileiro e Anvisa

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Carta Aberta da SBD, SBEM e ABESO ao Governo Brasileiro e Anvisa

O governo dos Estados Unidos determinou nesta terça-feira (16/08) que o uso de gordura trans nos alimentos não é seguro e que os produtos que possuam esse componente em sua composição sejam retirados do mercado em um prazo de três anos. A decisão foi da Administração de Remédios e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) do país.
“Os óleos vegetais parcialmente hidrogenados, principal fonte de gordura trans nos alimentos processados, não são geralmente considerados seguros para serem utilizados na alimentação humana”, indicou a FDA em comunicado.


No Brasil o Ministério da Saúde​ admite que:
"Há prova definitiva de que o consumo de gordura trans aumenta o risco da cardiopatia coronária, havendo indicações de que aumente também o risco de morte cardíaca súbita e diabetes. Tais evidências vêm causando preocupação em todo o mundo, devido ao impacto que a carga de enfermidade e incapacidade imposta pelas doenças cardiovasculares podem causar nos sistemas de saúde."
Porém as ações de controle ainda são lentas e não ha LEIS regulamentando apenas ACORDOS:
"De olho nas taxa alarmante, o Ministério da Saúde e a Abia fizeram, em 2010, um acordo para reduzir o consumo de sódio no Brasil aos níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde até 2020. Segundo o Ministério, isso causaria uma redução de 10% nos óbitos por infarto no país e 15% nos óbitos por AVC. Para isso, o governo dividiu os alimentos em categorias, e estipulou metas bianuais de diminuição de sódio.
Na primeira fase, em 2011, foram abarcados o macarrão instantâneo, o pão de forma e a bisnaguinha. Na segunda, que começou em 2013, seria a vez dos bolos, salgadinhos, maioneses e biscoitos. Esses produtos tiveram, em média, uma redução de apenas 10% na concentração da substância. Isso acontece porque o cálculo das metas é feito a partir do teor de sódio médio encontrado nos alimentos que já estão no mercado. “Ou seja, boa parte das empresas não precisou fazer nada para estar dentro da meta”, diz a nutricionista Ana Paula Bortoletto, do Idec. “Assim, a redução ainda não provocou uma mudança significativa na saúde da população.”
Em carta aberta a SBD junto com a SBEM e Abeso, vem a público neste momento de mudança em relação aos hábitos de vida, solicitar a RETIRADA COMPLETA em tempo hábil, de todo alimento que contenha GORDURA TRANS.
"Dia 14 de Novembro é o Dia Mundial do Diabetes, doença epidêmica que atinge mais de 350 milhões no mundo todo. No Brasil, estima-se 14 milhões de pessoas e a maioria obesos, hipertensos com colesterol elevado e com risco de morte por doença cardiovascular muito elevado.
A participação de alimentos industrializados contendo gordura trans na dieta contemporânea é traço marcante do padrão alimentar atual da população. Seu consumo causa impacto na saúde, tanto no desenvolvimento de doenças crônicas quanto no estado nutricional.
Os ácidos graxos trans podem ser sintetizados pela fermentação bacteriana e estão presentes em pequena quantidade nas carnes e no leite, mas sua principal fonte é a gordura hidrogenada, muito utilizada em produtos industrializados.
Considerando a repercussão desse padrão alimentar e seus efeitos deletérios à saúde, em 2004, a OMS lançou a Estratégia Global para Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde com a meta de eliminação do consumo de gordura trans industrial.
No Brasil, o Guia Alimentar para População Brasileira (GAPB), lançado em 2006, restringe o consumo de gordura trans a 1% do valor energético diário, o que corresponde a aproximadamente 2 g/dia em uma dieta de 2.000 calorias.
Mesmo existindo um documento da OMS emitido em 2004, o Ministério da Saúde baseou-se na sugestão publicada pela Organização em 1995, para orientar o valor no GAPB. Diante do exposto, questiona-se a manutenção desse limited e consumo máximo de gordura trans.
Neste sentido, a SBD junto com a SBEM e ABESO, vem a público neste momento de mudança mundial em relação aos hábitos de vida, solicitar a RETIRADA COMPLETA em tempo hábil, de todo alimento que contenha GORDURA TRANS.
E com apoio da ciência moderna, temos um racional para exigir esta atitude. Que melhore a saúde do brasileiro, que o governo se responsabilize por normas que protejam as pessoas."


Você pode ler a carta na integra em:


FONTE: