Como disse a Nicole, "Falhei no Provão", No exame de Hemoglobina Glicada eu não espera o mesmo valor do trimestre passado, mas me assustei com o resultado de 7,4%, esse é o valor mais alto desde o diagnóstico, me senti muito mal.
Vacilei, relaxei, ele ingeriu mais gorduras do que o normal, enfim, permiti que ele satisfizesse suas vontades gastronómicas além do permitido, mesmo usando mais a Novorapid, mesmo com contagem de carboidratos.
Já conversamos a respeito, expliquei o que esse resultado significa...
Acredito que parte desse resultado seja por conta do descontrole que está ocorrendo na hora do lanche na escola, isso pra mim já é um problema com data para ser resolvido, na planilha de controle glicemico é visível o reflexo do lanche antes do jantar.
Somado aos excessos de SIM, não dá para ficar penalizada, tem dias que o NÃO tem que prevalecer, sem culpa.
Já mudamos algumas regrinhas, ele concordou com todas, ontem até comeu salada de beterraba ralada crua com tomate sem reclamar. meu filho é um amor!!!
Mas nesses exames nem tudo foi ruim, pós diagnóstico fizemos o exame PeptideoC e tivemos o resultado de 0,1ng/ml, isso foi em agosto/2009 um ano depois quando esperávamos que o pâncreas dele ja estivesse zerado fomos surpreendidos com o resultado de 0,4ng/ml, bem abaixo do minimo que é de 0,9ng/ml mas é bom saber que o pancreas dele ainda suspira, ainda sobrevive.
Bom, pra quem não sabe, esses exames são necessários para o ajuste das doses de insulina, o peptideoC para saber o quando de insulina o pâncreas ainda produz, geralmente é pedido quando o diabético tem variadas crises hipoglicemicas.
Na ultima consulta antes do exame o Medico ja havia percebido o impacto do descontrole alimentar antes do jantar, deixou um outro esquema de insulina caso os numeros persistam em chegar ao jantar acima de 130mg/dl, não vou esperar, ja vou coloca-lo em pratica.
Agora é fazer o que tem que ser feito, consertar os erros e focar no proximo exame.
Algumas explicações sobre HEMOGLOBINA GLICADA:
As
hemoglobinas glicadas são formadas pela adição espontânea de glicose ao
grupo amino terminal livre das proteínas hemoglobínicas, por reações não enzimáticas.
A
HbA1c deve ser monitorada a cada três ou quatro meses em pacientes
diabéticos estáveis e, a cada um ou dois meses , em pacientes diabéticos
com pobre controle glicêmico.
Grávidas diabéticas (especialmente do tipo I) são avaliadas uma a duas vezes ao mês para um controle mais efetivo.
A
terapêutica insulínica deve ser ajustada em pacientes diabéticos, se a
HBA1c ultrapassar 10%. Na monitoração de diabéticos, variações de 2%
entre duas avaliações é considerada clinicamente significante e
indicativa de um melhor ou pior controle glicêmico.
O paciente pode estar “manipulando” os valores de glicemia ( uso de hipoglicemiantes) ou conseguiu melhorar o controle glicêmico nas duas semanas anteriores ao exame.
Existe a possibilidade de a glicemia estar mais elevada em períodos que não habitualmente avaliados (p.ex: entre as refeições)
Anemia por carência de ferro, vitamina B12 ou folato constitui um fator que pode levar a um valor falsamente elevado por aumentar a sobrevida das hemácias.
As metas em crianças e adolescentes:
As metas ideais para a A1C em crianças e adolescentes ainda não estão
rigidamente determinadas, diferentemente do que ocorre com os indivíduos adultos. Com o aumento da prevalência do diabetes nos jovens
e o uso crescente da concentração de A1C como indicador do controle
da glicemia, é importante o desenvolvimento de níveis de referência e
padrões de bom controle para essa faixa etária.
No estabelecimento dos objetivos para um bom controle glicêmico nas crianças e adolescentes, os principais aspectos que devem ser considerados são:
- Crescimento e desenvolvimento adequados.
- Baixo risco de hipoglicemia (principalmente em crianças com menos de 8 anos de idade, quando o desenvolvimento neuroló- gico ainda não está completo).
- O nível de controle glicêmico na faixa pré-puberal também é importante para prevenir o desenvolvimento futuro de compli- cações crônicas do diabetes.
- Durante a puberdade, há um aumento dos níveis de A1C.
A frequência de testes de A1C na infância e na adolescência vai depender das disponibilidades locais e do nível de controle alcançado,
podendo variar de 2 a 4 por ano. É aconselhável que se tenha, pelo
menos, uma avaliação de A1C por ano.
A American Diabetes Association recomenda que as metas de A1C sejam definidas, também, em função dos níveis de glicemia pré-prandial,
como mostra a tabela
Metas de glicemia (mg/dL)
IFA
IDADE
|
Hb1Ac
|
|
0 - 6
|
Entre 7,5 e 8,5
|
•
Alto risco e alta vulnerabilidade a hipoglicemias
|
6 - 12
|
< 8
|
• Risco de hipoglicemia e risco relativamente baixo de
complicações antes da puberdade
|
13- 19
|
< 7,5
|
•
Risco de hipoglicemia grave.
•
Meta de <7% é razoável se puder ser atingida sem risco de hipoglicemias
importantes
|
Metas de A1C e
de níveis glicêmicos para
crianças e adolescentes
– American Diabetes
Association – 2008
Um cheiro carinhoso!
ResponderExcluirEstou lendo Sempre!
Agora que fostes reprovada, faça a recuperação...
Faça aulas de reforço...
Um cheiro carinhoso!
ResponderExcluirEstou lendo Sempre!
Agora que fostes reprovada, faça a recuperação...
Faça aulas de reforço...
Vai vendo e aprendendo o que exigir do medico para um bom controle, e aí como vão as glicemias??
ResponderExcluirBeijinhos
Acontece! Não dá para se culpar o tempo todo, não é nada fácil, é um dia após o outro. E só. Beijinhos carinhosos.
ResponderExcluirOlá! Pela primeira vez li seu blog hj. Que idéia fantástica! Queria deixar aqui meu depoimento, pois tenho 31 anos e sou diabética tipo 1 desde os 5. Também gostaria de ajudar a quem quiser, respondendo alguma questão nesse minha larga experiência de 26 anos convivendo com a doença.
ResponderExcluirUm grande beijo,
Gabby