sábado, 7 de novembro de 2015

NOVEMBRO AZUL DIABETES: Brasil, Apenas 15% dos DIABÉTICOS estão controlados.


“Se não sabe aplicar insulina, busque uma enfermeira, se não sabe o que comer, procure um nutricionista, sempre converse com o médico sobre seus medos, dificuldades e angústias para que ele o encaminhe para o profissional adequado”, aconselha a psicóloga Graça Camara.


Um estudo feito em 28 cidades brasileiras aponta que apenas 15% dos diabéticos do país fazem bom controle da doença. E você? Está entre esses 15%?

Eu não quero que meu filho seja parte desta estatística, mas isso vai depender de mim, ele teve o diagnostico ainda cedo, sem a personalidade formada então a forma como ele vai lidar com tudo isso depende de como o eduquei desde sempre!
Se eu me revolto contra o diabetes, ele será um adulto revoltado.
Se eu nego o diabetes em nossas vidas, ele também aprenderá a negar.
E se eu vivo reclamando é o que ele vai aprender, os filhos são reflexos dos pais. 

Sim, nas nossas vidas diabetes é um detalhe que requer atenção 24 horas do dia, mas não é toda a nossa vida. 
Dentro de nossas rotina está inserida todos os cuidados necessários para um bom controle de modo que DIABETES não seja limite, não seja empecilho para que a vida flua normalmente. Quando aceitamos o diagnostico e nos mantemos como o objetivo de viver bem, e isso independe de ter ou não diabetes, as coisas parecem ficar mais fáceis. Aceitamos que algumas coisas precisam mudar em nossa rotina, mas nunca deixaremos de ter uma vida, de sermos pessoas felizes.
Quando eu decidi criar este blog, não foi com o objetivo de ter sucesso, ser conhecida, ensinar as pessoas sobre diabetes, mas sim, encontrar pessoas como eu, que tem por objetivo a qualidade de vida de nossos filhos, trocar informações, e juntos buscarmos um futuro sem sequelas. Então estamos aqui, eu escrevo o que eu sei, vocês comentam sobre o que sabem e com certeza, somos todos iguais, estamos no mesmo barco e é um grande aprendizado coletivo. Uns pegam logo o jeito da remada, outros demoram um pouco, mas todos com o mesmo objetivo.




Nesses 6 anos lidando com diabetes, pesquisando informações de qualidade percebi que um fator importante é a ACEITAÇÃO  do diagnóstico. 

"O controle do diabetes está diretamente ligado ao grau de aceitação e conhecimento que o paciente tem sobre a doença, pois o tratamento requer dedicação e mudança de hábitos. Segundo a psicóloga Graça Camara, da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), cada um reage de uma forma diferente ao diagnóstico da doença, de acordo com as experiências de vida, se já conhece a doença, se tem parente diabético, se acha que é doença de velho, de obeso. Dependendo de todos estes fatores, o paciente pode ficar só surpreso, triste, ou entrar em depressão.
A aceitação do diagnóstico passa por vários estágios: negação, aceitação (quando começa a querer fazer alguma coisa), a contemplação (quando assume a doença e começa a se tratar melhor) e a manutenção (ir sempre ao médico, continuar o tratamento diário). Caso o paciente deixe de lado a manutenção, pode deixar de se cuidar e voltar à fase inicial.
Se o paciente passa muito tempo em negação, sem buscar tratamento ou informação sobre a doença, há a necessidade de terapia para que ele aceite o diagnóstico."

Somos milhares de paginas e blogs sobre diabetes escritos por pacientes, alguns buscam informações sobre tratamentos e qualidade de vida, outros só querem falar do seu dia a dia, Tem os que querem mudar a forma com que somos vistos pelo poder publico e ajudar a mudar as politicas publicas de enfrentamento ao diabetes e ainda ha os que querem ser famosos, apenas famosos, mas ta valendo, porque o importante e espalhar a informação sobre diabetes, não importa quem escreva, o importante e nós tornarmos cada vez em maior numero e que nenhum portador de DIABETES se sinta sozinho. E que um dia, possamos estar todos unidos e que pesquisas apontem que pelo menos 80% dos portadores de diabetes no Brasil estão com a glicemia controlada, que os aspectos psicológicos sejam de fácil manejo, e que a VIDA seja algo tão importante que todos percebam que NÃO SOMOS DIABETES, DIABETES É UMA PARTE DE NÓS QUE PRECISA SER CONTROLADA PARA QUE TODO NOSSOS SONHOS SEJAM POSSÍVEIS.
A psicologa Graça Câmara explica que, o adolescente se sente estranho quando é o único a ser diabético, pois isso, nesta faixa etária, o contato com outros diabéticos é essencial. 

Que venham muitas e muitas outras paginas, que a informação atinja milhares e milhares de pessoas. 
NOVEMBRO AZUL, vamos escrever!



FONTE:

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2011/11/14/apenas-15-dos-diabeticos-brasileiros-tem-a-glicemia-bem-controlada.htm

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Concurdo de paródias so DIABETES - NOVEMBRO AZUL

Novembro é o mês de atenção a epidemia de diabetes, o mundo inteiro está voltado para ações que alertem a população em geral sobre diabetes e sua vivência, que chamem a atenção dos governantes e das entidades voltadas a ações de controle de epidemias de DCNT (Doenças crônicas não transmissíveis) e com isso um grupo de blogueiros de diabetes criou este concurso, que esta sendo apoiado pela Farmácia Dassete que tem o primeiro site nacional especializado em produtos para controle e tratamento do diabetes, que prima pela segurança e rapidez na entrega de seus produtos em todo Brasil.




Os 3 primeiros lugares serão premiados como consta no regulamento e o diferencial para o 1º colocado é a bolsa térmica para transportar canetas de insulina no dia a dia, ideal para dias de altas temperaturas já que as canetas não podem ser expostas a temperaturas próximas ou além de 40º; ela é feita de nylon a prova d' água e sua bolsa gel congelável promove proteção duradoura à insulina, pode carregar à mão, na bolsa ou presa ao cinto. A premiação fica assim:

  • 1º lugar receberá 1 Kit avaliado em 300,00 de produtos.
  • 2º lugar receberá 1 Kit avaliado em 200,00 de produtos,
  • 3º lugar receberá 1 Kit avaliado em 100,00 de produtos:
    *mais detalhes sobre os prêmios no regulamento.
Então é isso pessoal, estamos lançando hoje(26/10/2015) o concurso de paródias sobre diabetes, Você esta apto a participar se:

  • Convive com o diabetes de alguma maneira, é portador, tem um familiar com diabetes ou trabalha com pessoas com diabetes.
  • Tem uma conta Google. 
  • Tem criatividade e gosta de cantar.
  • Tem uma câmera.
A ideia é criar uma parodia sobre diabetes de maneira positiva e bem humorada, lógico que não depreciativa, você pode falar de tudo, inclusive das suas dificuldades, mas não pode ser triste nem deprimente.


Leia o regulamento antes de começar:


Depois da paródia pronta, vídeo publicado no Youtube segundo as regras do regulamento,
é só clicar no link abaixo e fazer sua inscrição de participação e desde já, boa sorte!


Não esqueça de conferir todos os dados antes de finalizar a inscrição!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

AGIR AGORA PARA MUDAR O AMANHÃ: ATIVIDADES FISICAS

Praticar atividades físicas é um dos meios para que se tenha uma vida saudável, para manter a boa forma, para alcançar objetivos – como perder peso. É trabalhar o corpo e a mente.

A prática de exercícios físicos traz inúmeros benefícios à nossa saúde. Quem tem diabetes ou um familiar com DIABETES sabe bem disso, da importância das atividades físicas para o melhor controle da glicemia.
Nós, pais temos enfrentado dois problemas a carência de vitamina D e o excesso de computador.
"A carência de vitamina D em grandes centros urbanos já atinge índices preocupantes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM, desta vez a culpa não é da alimentação inadequada, e sim da falta de exposição solar, responsável por estimular a produção do nutriente.  A mudança no estilo de vida das pessoas, que estão cada vez menos expostas ao sol, pode causar sérias consequências para a saúde da população, como fragilidade óssea e maior predisposição a fraturas, além de outras situações clínicas indesejáveis, como alguns tipos de câncer, doenças autoimunes e distúrbios metabólicos, entre outros."
Lembrando que diabetes tipo 1 é uma doença autoimune e que a carência de vitamina D pode facilitar o surgimento de outras porque ja sabemos que existe a predisposição genética. Alem de manter bons niveis da vitamina D, nossos filhos precisam praticar atividades físicas para ajudar no controle da glicemia, é uma indicação médica.
Eu tenho passado dificuldades em encontrar atividades fora de casa, as crianças hoje em dia simplesmente não brincam mais. então andei pesquisando lendo alguns artigos e gostaria de dividir com vocês as minhas conclusões.

A primeira coisa que percebi foi que estudos apontam que os pais são os maiores influenciadores dos filhos na adesão a atividades físicas, ou seja, se não sairmos do sedentarismo eles também não sairão.
Depois percebi que estudos apontam que a recompensa é um grande diferencial, ora, fazer atividades físicas apenas pelo controle da glicemia pode não ser tão estimulante quando não é alcançado prazer, para a maioria, descontrolou aplica a insulina e esta tudo bem, nossos filhos não tem maturidade para entender que precisam praticar atividades físicas por uma questão de saúde. Eles precisam gostar e sentir prazer nas atividades que exercem. Hoje, vencer um jogo online, disputar com os amigos é muito mais prazeroso emocionalmente do que praticar atividades fisicas.
Então realmente temos que arregaçar as mangas e encontrar o X da questão.
Normalmente queremos nossos filhos brincando como fazíamos, mas infelizmente a maioria das crianças não tem a minima noção de como começar a fazer isso, eles não aprenderam. Eu ja percebi que apenas o fato do Igor não estar jogando no computador as glicemias ja ficam melhores imagina usar mais tempo brincando? Dei uma pesquisada e encontrei alguns outros textos que falam das brincadeiras de crianças e o quanto são proveitosas a saúde. Não precisamos necessariamente fazer natação para que nossos filhos tambem o façam, não precisamos ir para a academia lutar para que eles decidam aprender uma luta, mas sim, precisamos sair junto com eles de dentro de casa e ensina-los a sentir prazer em atividades ao ar livre, suar, produzir serotonina, dividir afeto familiar porque não ha nada mais compensador do que isso. 
Vou copiar aqui uma lista de algumas atividades que podemos fazer com nossos filhos, no começo vai ser chato, mas aos poucos você vai se sentir melhor, mais ativo, e um dia seus filhos vão esperar ansiosos a hora de brincar com você, sim, eles gostam de estar em familia, se divertir em familia. Vejam se lembram de algumas de suas brincadeiras de criança da época em que não existiam tablets e celulares:

Amarelinha
Peque um giz e crie um quadro de amarelinha na calçada (ou, veja se há um pré-pintado em num parque local). Este exercício de bombeamento do coração pode queimar entre 5 e 15 calorias* por minuto, dependendo do seu peso e do vigor do seu salto.
 
Bambolê
Este treino que envolve uma movimentação do corpo inteiro é capaz de queimar cerca de 500 calorias* por hora, para fazê-lo devemos movimentar quadris. Apenas uma modificação da versão das crianças: invista num bambolê mais pesado do que o das crianças, e não aqueles de plástico, para colher todos os benefícios do exercício.
 
Pular Corda ou polichinelo
Pular corda é uma velha e boa brincadeira – tudo que você precisa é a sua corda, um pouco de espaço e um par de tênis (e um bom sutiã esportivo, se você for mulher). Depois de apenas 30 minutos, você vai ter incendiado até 430 calorias! Você não gosta de pular corda? Sem problemas. Obtenha um divertido treino de tirar o fôlego realizando polichinelos em sequências de 10 minutos cada. Meia hora desta atividade física pode fazer você queimar aproximadamente 300 calorias.
voltando a ser criança
 
Jogar bola
Lembra-se de quando você jogava bola na escola? Menina com menino, tudo misturado, sem muitas regras. As mesmas regras se aplicam quando você é um adulto, mas desta vez você deve ter uma maior valorização dos movimentos para queimar mais calorias – aproximadamente 238 calorias em 30 minutos.
 
Escalada Horizontal
A escalada horizontal é praticada naqueles brinquedos feitos em ferro que encontramos em várias praças públicas. A maioria de nós sabe o que fazer: pegue a primeira barra com ambas as mãos, em seguida, as mãos esquerda e direita alternadas, agarrando a barra na frente de você cada vez que você avançar. Completando seis passadas de aproximadamente 45 segundos, com breves pausas no meio, você pode queimar entre 250 e 350 calorias.
voltando a ser criança
 
Balanços 
Impulsione seu corpo com as pernas e as costas e voe alto voltando a ser criança! Nada como a sensação de estar nas alturas proporcionada por um simples balanço. Uma sessão de meia hora desta clássica atividade de criança e você vai queimar cerca de 100 calorias e se divertir bastante.
 
Jogar Peteca 
Jogar peteca tem um gasto calórico de 240 até 350 calorias por hora. É um trabalho moderado a forte de membros superiores, inferiores e tronco além de trabalhar a coordenação a brincadeira pode ser muito divertida.
 
Andar de Patins 
Andar de patins não é necessariamente uma brincadeira de criança, muitos adultos levam a prática a sério. O gasto calórico é de 600 até 840 calorias por hora, fazendo um trabalho intenso dos membros inferiores, quadríceps, glúteos, panturrilhas, adutores e abdutores de coxa.
 
Pega-pega 
Junte-se aos seus amigos e jogue-se nesta atividade física voltando a ser criança. A brincadeira queima até 200 calorias em 30 minutos. A prática traz benefícios na agilidade para correr além de um bom condicionamento cardiorrespiratório.

Precisamos fazer algo pela saúde, pela nossa e pela de nossos filhos, então nada melhor do que começarmos em familia, caminhar no parque pela manha, andar na praia para quem mora perto, sair um pouco da digitalização, e realmente comprometer algumas horas de sua semana para a qualidade de vida, perdemos tanto tempo conversando com os amigos, mas quantos do nosso tempo é totalmente para os nossos filhos e familia? Quanto desse tempo é 100% aproveitado? Eu estou disposta a tentar e você?

*As estimativas de calorias queimadas nas atividades listadas abaixo são baseadas em 30 minutos de exercício aeróbico para uma pessoa com 72 quilos, em média.


Referencias:

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

BLOGAGEM COLETIVA: Como lidar com o diabetes nos grandes eventos?

Ir a eventos é algo que preocupa a todos nós que temos um filho com diabetes, aqui em casa, quando pensamos num evento a primeira coisa que faço é ver o que pode entrar de alimentos porque a primeira preocupação é evitar a HIPOGLICEMIA. Alguns eventos e até mesmo museus proíbem totalmente a entrada de alimentos.
Geralmente, no verso do ingresso está listado as proibições, de modo geral mesmo que proíbam existe uma clausula sobre alimentos de necessidade médica.
Quando esta clausula existe, é necessário apresentar uma comprovação, que seria um atestado médico alegando a necessidade de ter algum tipo de alimentação sempre a mão. Eu geralmente peço ao médico um atestado completo, tudo em apenas um papel, este atestado afirma que é o Igor é portador de diabetes desde tal data, que é usuário de bomba de insulina, que precisa medir a glicose sempre que se sentir mal (caso não seja permitido a entrada de dispositivos eletrônicos) e que em caso de hipoglicemia deve ingerir carboidratos e dependendo, lista-se os carboidratos, eu gosto de pedir ao medico para colocar o Glicofast pelo fato de ser um tubo com 10 pastilhas de glicose, e podemos levar mais de 1 sem fazer volume abrindo espaço para outros lanches caso mesmo com atestado medico a quantidade de alimentos seja limitada.
Porque eu peço um atestado tão grande? Em viagem de avião já foi solicitado um atestado medico garantindo que ele pode viajar com a bomba, choramingamos e conseguimos viajar mesmo sem ele, mas fomos avisados que de uma outra vez ele precisaria do atestado.
Ao chegar nos eventos a primeira coisa depois de conseguir entrar, localizar banheiros, lanchonetes e atendimento medico em caso de emergência e nos acomodamos num local de fácil a acesso, mas logico, que dê pra aproveitar o evento, o que não pode é na hora de uma emergência ficar igual barata tonta procurando os locais.
Nosso check list de eventos e passeios (apenas para o controle do diabetes)
  • Atestado médico
  • Carteirinha de identificação de portador de diabetes (essa vai no bolso junto com a identidade)
  • Glicosímetro e tiras suficientes
  • Alcohol swabs (algodão com álcool embalados separadamente)
  • Caneta de insulina Novorapid (para o caso de emergência)
  • 1 Kit de troca de descartáveis da bomba (o suor pode soltar o adesivo da cânula)
  • 2 tubos de glicofast
  • Biscoitos tipo club social
  • Barrinhas de cereais
É muita coisa não é? Sei que a caneta de insulina e o kit de descartáveis só vão porque eu levo, terá a fase em que será apenas o glicosímetro e as pastilhas de glicose ou umas barrinhas de cereais. Eu tento educa-lo para não passar por esta fase critica dos adolescentes, mas sei que nem tudo sai como planejamos, eu espero que ele entenda aos 18 anos, quando não estarei por perto, que este é o kit de sobrevivência dele.

Terminado a parte chata, vamos a uma mais chata ainda para os adolescentes que não saem mais com a mamãe do lado e sim com os amigos. Informar a pelo menos uma pessoa do grupo que tem diabetes e o que fazer em caso de você perder a consciência, isso pode fazer toda a diferença pode ser a maior de toda a sua vida. Estar seguro, se divertir com segurança. Num grande evento, onde tem pessoas alcoolizadas por exemplo, um portador de diabetes em estagio de hipoglicemia grave pode facilmente ser confundido com alguém que esta drogado ou bêbado.
Caso você tenha duvidas pode gostar de ler :

O importante é levar tudo numa boa e não deixar de aproveitar momentos incríveis, eu digo que diabetes não é uma deficiência, é uma particularidade e como toda particularidade ela tem os seus poréns. Quando aceitamos e nos acostumamos, tudo isso se torna natural, tão natural como lembrar do celular, da carteira... Se você vai a um evento de grande porte, previna-se, não deixe a falta de atestado medico barrar a sua entrada, ou a falta de insumos forçar a sua saída.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Você tem vergonha de ter diabetes?

Infelizmente, muitas pessoas com diabetes tem vergonha de ter diabetes, outras medo de sofrerem preconceito. Eu resolvi escrever porque acho que falar de como eu e meu filho nos sentimos e nos portamos pode ajudar outras pessoas, devemos sempre tentar as pessoas a vencer desafios e não simplesmente reforçar sus medos, embora seja necessário protege-las.

Meu filho tem 13 anos e por algumas vezes ele ja sai sozinho, ele sabe como ninguém reconhecer uma hipoglicemia, quando ela vem com sintomas leves, mas ja aconteceu dele simplesmente se desconectar da realidade e se recusar a corrigir uma hipoglicemia e ter sido corrigida a força, sim, segurar e colocar açúcar na boca na marra.
Todos os lugares em que ele vai, eu comunico sobre o diabetes e os riscos de hipoglicemia, quando é festinha de aniversário daquelas que os pais não ficam, eu também reforço de que ele pode comer doce a hora que pedir. Sim, algumas pessoas acreditam que se o portador de diabetes passar mal o doce vai piorar a sua situação, ja soube de pessoas que pediram um refrigerante e tiveram uma negativa porque todos a volta estavam preocupados com o seu bem estar e muito mal informados, a sorte dessa pessoa foi que a familia chegou logo. Ja soube tambem caso de pessoas que desmaiaram e ninguém a volta sabia que era portadora de diabetes o que dificultou o atendimento e de fato, colocou a vida em risco.
Ninguém gosta de ser rotulado, nem ouvir piadinhas por ter diabetes, isso é fato, mas sabe, hoje penso que isso tem muito a ver sobre como a pessoa com diabetes se ve, quando você leva numa boa, aceita o tratamento, conversa com as pessoas a sua volta, passa informações sobre a realidade de hoje e quebra os mitos, as coisas fluem melhor, porque se as pessoas a sua volta tem informações erradas sobre diabetes e você pelo menos não tenta esclarecer de que elas estão erradas e se esconde para aplicar insulina, fazer o destro, sim, as pessoas vão continuar vendo no fato de ter diabetes uma mostruosidade. Para quem trabalha principalmente, quando você não leva numa boa, as coisas ficam dificieis, principalmente se as pessoas descobrem por terceiros.
Lógico que varias pessoas ja foram demitidas ou não contratadas pelo simples fato de ter diabetes, isso é um reflexo da falta de informações claras sobre diabetes e seus diferentes tipos e prognosticos quando a pessoa se compromete com o tratamento. Hoje mesmo ao fazer uma pesquisa para escrever sobre a vergonha de ter diabetes encontrei um texto que reforça a tese de que diabetes é uma sentença de morte:
"A convivência com uma doença crônico-degenerativa como o diabete melito nem sempre é algo simples. Pelo contrário, tanto o portador da doença quanto seus familiares lidam constantemente com sentimentos de angústia, temor e incerteza. Esse desconforto psicossocial, no entanto, pode acabar tendo impacto negativo sobre a capacidade de o paciente iniciar e manter as recomendações básicas de tratamento, resultando em uma piora do seu nível glicêmico." 

São informações que estão disponíveis na internet, e que qualquer um pode acessar e a partir dos termos usados concluir que o fim da pessoa com diabetes é questão de tempo e que não vale a pena manter no quadro de funcionários. Mas se prestarmos a atenção nos dados, é algo que foi escrito em 2004, na época eu não estava envolvida com diabetes, não sei como era o tratamento as pessoas, ms pelo que acessei e vivi em 2009 creio que na época era bem pior.
Quando falamos, informamos as pessoas sobre diabetes, estamos colaborando para a disseminação do conhecimento, o preconceito geralmente acontece onde não existe conhecimento.
Então, se você não quer falar as pessoas que tem diabetes avalie se é por você ou por medo da reação das pessoas, converse com um profissional de psicologia, porque se for vergonha de ter esta particularidade diante das outras pessoas, você pode precisar de ajuda para mudar a maneira de como você se vê e valorizar a pessoa que é apesar do diabetes. Você não pode ser resumida a um diagnostico, você precisa ser reconhecida por todas as qualidades que tem. Você pode perguntar, se tenho tantas qualidades porque preciso dizer as pessoas que tenho diabetes?
Imagine você tendo uma hipoglicemia grave num local onde as pessoas nem ao menos sabem como podem te ajudar? Imagine que por acaso você não consiga resolver uma hipoglicemia sozinho e perca a consciência antes de pedir ajuda? Ja pensou que ate o socorro medico identificar que você tem diabetes as coisas podem ficar ruins.

Andar com a carteirinha de identificação tambem é indispensável ao portador de diabetes, há diversos modelos para download.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

CARTA ABERTA AO MINISTRO DA SAÚDE E SECRETÁRIOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE SAÚDE - DIABETES TIPO 1.


Prezado Ministro Arthur Chioro,
Senhores secretários estaduais e municipais de Saúde.

Começo esta carta aberta pontuando que diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, não pode ser evitada e não tem cura, e o diagnostico acontece na maioria das vezes na infância, bem diferente do diabetes tipo 2 que atinge os adultos, embora tenhamos conhecimento de crianças já diagnosticadas devido aos maus hábitos alimentares.


Eu, convivo com o diabetes tipo 1 há 6 anos e alguns meses, mas hoje não escrevo só por mim, escrevo por todos que convivem a mais ou menos tempo com a doença, pois nossas dificuldades são as mesmas.
Depois do choque inicial do diagnostico, todo o processo de aceitação, controle, a parte mais difícil de todo o tratamento é acesso de qualidade aos medicamentos. O Governo Federal fornece insulinas humanas através da FARMÁCIA POPULAR, um ótimo programa que se estende as pessoas atendidas por médicos particulares, mas será que apenas acesso a insulina humana resolve o problema de diabetes no Brasil? Nem de longe.

Algumas pessoas, como é o caso do meu filho, não conseguem um bom controle com essas insulinas e ai, o que poderia ser fácil se torna uma batalha, processos judiciais, mandatos, compras emergenciais, bloqueio de verba publica. Mas depois de uma liminar não deveria ser tudo mais fácil? Mas não é, as secretarias de saúde simplesmente não acatam as liminares, dificilmente tudo que é necessário para essas pessoas que tem um controle mais difícil da glicemia está disponível todos meses, sempre falta alguma coisa.
Todas essas crianças e adultos com diabetes tipo 1, tem tudo para levarem uma vida normal, um futuro sem sequelas, temos diversos exemplos, mas é indispensável que a glicemia seja controlada adequadamente, então no geral fazemos a dança da cadeira, ajusta aqui, espreme ali, um estresse desnecessário, um suspense e ansiedade todos os meses sem saber quando teremos tudo que foi indicado pelo médico. Alem da medicação e insumos ainda precisamos ter uma alimentação saudável, se colocarmos tudo na ponta do lápis, não sobra para o aluguel, contas de consumo, trabalhamos para controlar o diabetes. 

Vocês podem estar pensando, nem todos precisam desses medicamentos de alto custo e vou concordar com vocês, mas é justo que todos terem a mesma avaliação?
No Brasil não temos um programa de educação em diabetes eficaz, a maioria das pessoas nem sabe da importância do teste de glicemia, outra parte nem tem acesso a eles, só sabem como esta o controle quando vão as consultas, e tudo é avaliado por um único teste (pessoas com diabetes tipo 2 com medicamento oral).

Hoje, dentro das redes sociais sobre diabetes, não se fala em outra coisa, faltam insulinas, faltam tiras, faltam insumos. e não se trata de alguns casos isolados, são pessoas do Brasil inteiro.
Uma pessoa que tem diabetes tipo 1 e fique um dia sem insulina pode entrar em coma, e a falta de controle ao longo de 5 anos ja podem surgir as sequelas e são elas que tememos e que todo gestor deveria colaborar para evitar ao máximo, pois são elas que mais geram custos ao estado, são elas que geram aposentadorias precoces, então, TODOS NÓS, portadores de diabetes e seus familiares não queremos tratar sequelas, não queremos aposentadoria, queremos uma vida digna, as glicemias com um controle que é possível, desde que o SUS faça a parte dele, mesmo que mediante a processo judicial ou administrativo.

Senhores, é preciso dar um basta no descaso com o diabetes no Brasil, um acordo foi firmado com a ONU de enfrentamento das DCNT, disponibilizar insulina humana na farmácia popular não basta, é preciso educar a população em relação a possibilidade de se evitar ou reverter o diabetes tipo 2, é preciso medidas mais enérgicas do controle da dispensação de medicamentos, mas que não falte a quem precisa.
O tratamento de diabetes é individualizado, não é possível generalizar e determinar um numero máximo de dispensação de tiras, não é possível afirmar que entre uma seringa e uma caneta, a caneta é luxo para uma criança se aplicar insulina.
Se o estado fornece uma bomba de insulina mediante a mandato, não faz sentido não serem pontuais na entrega dos insumos, a bomba de insulina é justamente para diminuir os riscos, mas sem os insumos ela não funciona, e sim, tem que trocar a cânula de 3 em 3 dias porque o corpo a rejeita depois disso e não absorve a insulina introduzida por ela.
É preciso criar politicas de enfrentamentos mais eficazes.
Educar o paciente, avaliar se ele não teve melhora com insulinas mais baratas por falta de informações de qualidade, para que então todo o processo de dispensação seja justo não só para as pessoas com diabetes mas também com os cofres públicos.


NÃO QUEREMOS A JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE!

Queremos um sistema que funcione de forma a colaborar para o melhor controle de nossas glicemias porque não queremos sequelas por falta de opção, porque a pior coisa é você saber que seu corpo esta se deteriorando por que alguém não fez a parte dele(a), alguém quebrou as diretrizes do SUS, alguém não deu a atenção devida as pessoas com diabetes no Brasil, alguém deixou a desejar na sua logística de compras e licitações.

QUEREMOS UM DEBATE AMPLO QUE GEREM MUDANÇAS POSITIVAS NA VIDA DAS PESSOAS COM DIABETES NO BRASIL!

Novembro é o mês de atenção ao diabetes e qual a programação do SUS?
Como esta data será vista pelos gestores?
O mundo inteiro esta voltado para o enfrentamento do diabetes, o Brasil também esta incluído?
Quais são as politicas publicas de enfrentamento?
Nós queremos mudanças!

VAMOS AGIR AGORA?

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

[BLOGAGEM COLETIVA] Para evitar o DIABETES TIPO 2, mude seus hábitos alimentares!


Os casos de diabetes estão aumentando a nível mundial, especialmente nos países em desenvolvimento. As causas são diversas, mas são, em grande parte devido à obesidade, e à inatividade física da população.
Existe uma boa evidência de que uma grande parte desses casos de diabetes e das suas complicações podem ser prevenidos com uma dieta saudável, atividade física, manutenção do peso corporal e evitando o tabaco.
As causas modificáveis do diabetes tipo 2 são alimentação inadequada (qualidade e quantidade) e inatividade física. Portanto, não é de se surpreender que mudanças positivas no estilo de vida, quando realizadas, sejam tão efetivas na prevenção e controle do diabetes tipo 2.
Cerca de 80% dos pacientes recém-diagnosticados são obesos.
A perda de peso é recomendada para todas as pessoas com sobrepeso ou obesidade.
A prática regular de atividade física é indicada, ajuda a promover o emagrecimento nos pacientes obesos, diminui os riscos de doença cardiovascular e melhora a qualidade de vida.
Hábitos alimentares.
Uma alimentação saudável deve ser baseada em práticas alimentares que assumam a significação social e cultural dos alimentos como fundamento básico conceitual. Neste sentido é fundamental resgatar estas práticas bem como estimular a produção e o consumo de alimentos saudáveis regionais (como legumes, verduras e frutas), sempre levando em consideração os aspectos comportamentais e afetivos relacionados às práticas alimentares.
- Faça pelo menos 3 refeições (café da manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições.
- Inclua diariamente 6 porções do grupo do cereais (arroz, milho, trigo pães e mas­sas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimen­tos naturais.
- Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. 
- Coma feijão com arroz todos os dias ou , pelo menos, 5 vezes por semana. Esse pra­to brasileiro é uma combinação completa de proteínas.
- Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis.
- Consuma, no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou marga­rina. Fique atento aos rótulos dos alimen­tos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans.
- Evite refrigerantes e sucos industrializa­dos, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação.
- Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer, charque, sal­sicha, linguiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos.-
Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
Diminuição do sedentarismo.
O sedentarismo é um dos principais fatores de riscos para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como problemas cardiovasculares, cânceres e diabetes.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a inatividade física é responsável por 54% dos riscos de morte por distúrbios cardiovasculares, 50% dos de derrames fatais e 37% dos riscos de casos de câncer. Para fugir dessas estatísticas só há uma alternativa: levante-se do sofá, deixe a preguiça de lado e mexa-se!
O tipo de exercício não importa, desde que seja praticado moderadamente e orientado por profissional habilitado que respeite, acima de tudo, o limite físico de cada pessoa. Os benefícios são consideráveis: redução da pressão arterial e dos níveis de colesterol, queima de calorias, prevenção ou controle do diabetes, fortalecimento muscular e ósseo, melhora na capacidade pulmonar e na flexibilidade das articulações. Além disso também há aumento da autoestima e do bem-estar, redução do estresse e melhoria no convívio social.
Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade físi­ca todos os dias!
Controle do peso.
Mantenha o peso dentro de limites saudáveis.

Se você tem entre 20 e 60 anos, veja no quadro abaixo o seu IMC (Índice de Massa Corporal). Para calcular, divida o seu peso, em quilogramas, pela sua altura, em metros, elevada ao quadrado.

IMC = P (peso)
______________
A² (altura x altura)

IMC (Kg/m²)
Estado Nutricional
Menor que 18,5
Você está com baixo peso
18,5 a 24,99
O seu peso está adequado
25 a 29,99
Alerta: sobrepeso
Maior que 30
Alerta: obesidade

Referências Bibliográficas:
Alimentação Saudável - Biblioteca virtual em saúde, 2010.
Pratique Saúde - Ministério da Saude, 2011.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

[blogagem coletiva] ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: Você acha que a pessoa com diabetes tem restrições alimentares?

Vejo muita gente reclamando que pessoas com diabetes não podem comer nada, que são cheios de restrições alimentares, e pior, sofrem muito com isso.
Eu sou daquelas que tenta olhar os dois lados da moeda antes de determinar o seu valor. Eu vejo que a pessoa com diabetes se alimenta como TODAS AS PESSOAS deveriam se alimentar.


Uma vida saudável e longa é o proposito de todos, mas como alcançar se a maioria das pessoas usa a comida como veneno? Sim veneno, excessos ou descontrole nutricional adoece o corpo.
Aos portadores do diabetes tipo 1 a alimentação não teve relação com o diagnostico, mas para o portador de diabetes tipo 2 a maioria dos diagnósticos são por conta de uma alimentação nada saudável, excesso de doces e gorduras e ausência de atividades físicas somadas ao estresse do dia a dia.
"As recomendações nutricionais para esses indivíduos(portadores de diabetes) não são tão diferentes da população em geral. A pirâmide alimentar é um guia com o objetivo de propiciar uma noção de proporcionalidade entre os grupos alimentares e a quantidade dos alimentos que devem ser consumidos ao longo do dia. Uma alimentação equilibrada é aquela que contém todos os nutrientes: carboidratos, proteínas, gorduras, sais minerais, vitaminas, fibras vegetais e água.
Dicas para uma boa alimentação:
  • Para evitar episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia, faça o fracionamento da dieta, fazendo de cinco a seis refeições ao dia, a cada três horas, com alimentos variados em pequena quantidade.
  • Realize as refeições em local tranquilo, mastigando bem os alimentos. A boa mastigação contribui para uma boa digestão e melhor saciedade.
  • Comece a refeição sempre pela salada para aumentar a saciedade, varie os tipos de verduras, legumes e frutas.
  • Evite tomar líquidos durante as refeições, mas mantenha a boa hidratação, consumindo em média dois litros de água por dia - se não houver nenhuma restrição.
  • Evite frituras e alimentos gordurosos. Prefira assados, grelhados e cozidos.
  • Atenção ao consumo de sal! Tempere os alimentos com ervas aromáticas, temperos naturais. Eles realçam o sabor e dão cor aos alimentos, além de enriquecer o valor nutricional."

Quem nunca ouviu isso dos médicos e nutricionistas mesmo que não tenha diabetes? 
Porque é tão difícil ter uma alimentação saudável?


Um estudo, feito pelo Scripps Research Institute, no Estado americano da Flórida, afirma que, assim como o vício em drogas, a compulsão por comidas gordurosas - como doces e frituras - é extremamente difícil de ser combatida.
Para o cientista Paul Kenny, que coordenou a pesquisa de três anos, uma dieta com alimentos gordurosos contém elementos que viciam.
"No estudo, os animais perderam completamente o controle sobre seu hábito de alimentação, o primeiro sinal de vício. Eles continuaram comendo demais mesmo quando antecipavam que receberiam choques elétricos, mostrando o quão estimulados eles estavam para consumir a comida."
A experiência foi feita com alimentos que provocam obesidade se consumidos em excesso, como bacon, salsichas e cheesecakes. Os animais começaram a engordar imediatamente.
O cientista relata que, quando a dieta foi trocada por alimentos mais saudáveis, alguns deles se recusaram a comer e preferiram não se alimentar.
Depois de analisar o resultado da pesquisa com camundongos, Kenny e sua equipe estudaram os mecanismos que provocam a compulsão.
Descobriram que o receptor D2 responde à dopamina, um neurotransmissor que está relacionado à percepção de prazer - como o provocado por comida, sexo ou drogas.
Quando há excesso no consumo de drogas como cocaína, por exemplo, o cérebro é "inundado" com dopamina, aumentando a sensação de prazer. Um processo semelhante acontece com dietas gordurosas. Com o tempo, no entanto, o cérebro vai recebendo menos dopamina.

Qual a vantagem dos portadores em relação as demais pessoas?
Eles não usam o alimento como droga. aproveitam melhor os nutrientes de modo a se manterem saudáveis. Acredito que para o portador de diabetes tipo 2, que teve o seu diagnostico por conta do vicio em comida, seja realmente difícil, como aponta o estudo citado acima, é como se livrar do consumo de drogas. Reeducar o organismo é difícil, mas não impossível, se é o seu caso, busque ajuda profissional, pode ser que seja necessário ate mesmo acompanhamento psicológico. Mas não desista, esta é sua melhor oportunidade de se tornar saudável.

O Ministério da saúde tem um guia alimentar para a população em geral, onde é possível perceber que em nada difere das recomendações aos portadores de diabetes, o guia inclusive tem um questionário para você saber como anda a sua alimentação e você pode acessa-lo clicando aqui.

Você também pode acessar a página de Nutrição do portal da Sociedade Brasileira de Diabetes clicando aqui.

Então, o outro lado da moeda não é bem melhor de ser visto? Partiu manter uma alimentação saudável sem reclamar?

Referencias:

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Queremos a proibição da gordura trans no Brasil




Porque queremos que seja totalmente proibida?

Fonte: G1
"A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obriga todos os fabricantes de alimentos industrializados a indicar no rótulo do produto a quantidade de gordura trans presente. A legislação, criada em 2006, possui uma brecha que permite que a quantidade de gordura trans seja omitida se for inferior a 0,2 gramas por porção.

Com a informação camuflada, os consumidores não conseguem controlar a quantidade de gordura ingerida e o total diário pode passar do recomendado pela Anvisa, que é de 2 gramas por pessoa.

A gordura trans é usada pela indústria alimentícia para aumentar o sabor e o tempo de conservação dos produtos. Ela é prejudicial à saúde por elevar os níveis de colesterol ruim, a Lipoproteína de Baixa Densidade (em inglês LDL) , e diminuir o colesterol bom, a Lipoproteína de Alta Densidade (em inglês HDL). Essas alterações nas taxas aumentam o risco de doenças como infarto e acidente vascular cerebral.

O consumidor precisa estar atento mesmo com o rótulo indicando zero de gordura trans no alimento. Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostrou que outros 23 ingredientes podem conter a gordura. Metade dos rótulos analisados na pesquisa citava gordura na lista dos ingredientes, mas só 18% informava que a quantidade era maior que zero por porção.
A estudante Letícia de Andrade espera que a legislação seja revisada pela Anvisa. “É muito complicado porque se não temos a informação no rótulo a gente vai comendo e ultrapassa o limite diário recomendado sem perceber.”
De acordo com a Anvisa, as regras sobre gordura trans nos rótulos estão sendo revisadas, mas não há prazo para que as mudanças sejam feitas. A proposta é que seja reduzido o valor não significativo que hoje é de 0,2 gramas por porção.

Confira a lista de ingredientes que possuem gordura trans:
- Gordura
- Gordura vegetal
- Gordura de vegetal de girassol
- Gordura vegetal de soja
- Gordura de soja parcialmente hidrogenada
- Gordura hidrogenada
- Gordura hidrogenada de soja
- Gordura parcialmente hidrogenada
- Gordura parcialmente hidrogenada e/ou interesterificada
- Gordura vegetal hidrogenada
- Gordura vegetal parcialmente hidrogenada
- Hidrogenada
- Margarina vegetal hidrogenada
- Óleo de milho hidrogenado
- Óleo vegetal de algodão
- Soja e palma hidrogenado
- Óleo vegetal hidrogenado
- Óleo vegetal líquido e hidrogenado
- Óleo vegetal parcialmente hidrogenado
- Creme vegetal
- Composto lácteo com gordura vegetal
- Margarina
- Margarina vegetal
- Mistura láctea para bebidas
 
Precisa de mais algum motivo?

Leia também:
Carta Aberta da SBD, SBEM e ABESO ao Governo Brasileiro e Anvisa

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Carta Aberta da SBD, SBEM e ABESO ao Governo Brasileiro e Anvisa

O governo dos Estados Unidos determinou nesta terça-feira (16/08) que o uso de gordura trans nos alimentos não é seguro e que os produtos que possuam esse componente em sua composição sejam retirados do mercado em um prazo de três anos. A decisão foi da Administração de Remédios e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) do país.
“Os óleos vegetais parcialmente hidrogenados, principal fonte de gordura trans nos alimentos processados, não são geralmente considerados seguros para serem utilizados na alimentação humana”, indicou a FDA em comunicado.


No Brasil o Ministério da Saúde​ admite que:
"Há prova definitiva de que o consumo de gordura trans aumenta o risco da cardiopatia coronária, havendo indicações de que aumente também o risco de morte cardíaca súbita e diabetes. Tais evidências vêm causando preocupação em todo o mundo, devido ao impacto que a carga de enfermidade e incapacidade imposta pelas doenças cardiovasculares podem causar nos sistemas de saúde."
Porém as ações de controle ainda são lentas e não ha LEIS regulamentando apenas ACORDOS:
"De olho nas taxa alarmante, o Ministério da Saúde e a Abia fizeram, em 2010, um acordo para reduzir o consumo de sódio no Brasil aos níveis recomendados pela Organização Mundial de Saúde até 2020. Segundo o Ministério, isso causaria uma redução de 10% nos óbitos por infarto no país e 15% nos óbitos por AVC. Para isso, o governo dividiu os alimentos em categorias, e estipulou metas bianuais de diminuição de sódio.
Na primeira fase, em 2011, foram abarcados o macarrão instantâneo, o pão de forma e a bisnaguinha. Na segunda, que começou em 2013, seria a vez dos bolos, salgadinhos, maioneses e biscoitos. Esses produtos tiveram, em média, uma redução de apenas 10% na concentração da substância. Isso acontece porque o cálculo das metas é feito a partir do teor de sódio médio encontrado nos alimentos que já estão no mercado. “Ou seja, boa parte das empresas não precisou fazer nada para estar dentro da meta”, diz a nutricionista Ana Paula Bortoletto, do Idec. “Assim, a redução ainda não provocou uma mudança significativa na saúde da população.”
Em carta aberta a SBD junto com a SBEM e Abeso, vem a público neste momento de mudança em relação aos hábitos de vida, solicitar a RETIRADA COMPLETA em tempo hábil, de todo alimento que contenha GORDURA TRANS.
"Dia 14 de Novembro é o Dia Mundial do Diabetes, doença epidêmica que atinge mais de 350 milhões no mundo todo. No Brasil, estima-se 14 milhões de pessoas e a maioria obesos, hipertensos com colesterol elevado e com risco de morte por doença cardiovascular muito elevado.
A participação de alimentos industrializados contendo gordura trans na dieta contemporânea é traço marcante do padrão alimentar atual da população. Seu consumo causa impacto na saúde, tanto no desenvolvimento de doenças crônicas quanto no estado nutricional.
Os ácidos graxos trans podem ser sintetizados pela fermentação bacteriana e estão presentes em pequena quantidade nas carnes e no leite, mas sua principal fonte é a gordura hidrogenada, muito utilizada em produtos industrializados.
Considerando a repercussão desse padrão alimentar e seus efeitos deletérios à saúde, em 2004, a OMS lançou a Estratégia Global para Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde com a meta de eliminação do consumo de gordura trans industrial.
No Brasil, o Guia Alimentar para População Brasileira (GAPB), lançado em 2006, restringe o consumo de gordura trans a 1% do valor energético diário, o que corresponde a aproximadamente 2 g/dia em uma dieta de 2.000 calorias.
Mesmo existindo um documento da OMS emitido em 2004, o Ministério da Saúde baseou-se na sugestão publicada pela Organização em 1995, para orientar o valor no GAPB. Diante do exposto, questiona-se a manutenção desse limited e consumo máximo de gordura trans.
Neste sentido, a SBD junto com a SBEM e ABESO, vem a público neste momento de mudança mundial em relação aos hábitos de vida, solicitar a RETIRADA COMPLETA em tempo hábil, de todo alimento que contenha GORDURA TRANS.
E com apoio da ciência moderna, temos um racional para exigir esta atitude. Que melhore a saúde do brasileiro, que o governo se responsabilize por normas que protejam as pessoas."


Você pode ler a carta na integra em:


FONTE: 

sábado, 18 de julho de 2015

6 ANOS DE DIAGNÓSTICO.

Era uma manhã de sábado, por volta das 10 horas quando demos entrada numa emergência com o Igor completamente desidratado. O sangue não passava na agulha de tão grosso, exame com glicosímetro HI, subimos direto para UTI depois de ouvir os médicos e enfermeiros falando: 
- É diabetes.


"A Diabetes não é o fim do mundo , mas sim um novo mundo a ser descoberto"*


Durante 6 anos muitas coisas acontecem, alguém passa no vestibular e se diploma, uma criança nasce, se desenvolve e aprende a ler. Nós aprendemos a lidar com o diabetes de maneira amigável.
Eu olho pra trás, tento e não consigo imaginar uma vida sem diabetes, acho que estamos tão satisfeitos com nossas vidas que não conseguimos imaginar outra.
Lógico que se tivéssemos a opção de não ter diabetes na nossas vidas agarraríamos com todas as forças, mas falo do geral.
Não queria deixar de ter conhecido todos vocês, não queria deixar de ter todas as amizades que conquistamos, de ter dividido todas as emoções que dividimos.
Pelo menos aqui em nossa família podemos dizer que amamos o nosso mundo com diabetes, parece utopia, meio viagem de quem não quer enxergar a realidade de uma doença crônica, mas não é.
Aprendemos sobre simplicidade, igualdade, lealdade, amizade de uma maneira que não consigo imaginar como eu aprenderia sobre tudo isso com a mesma profundidade em outro ambiente.
Antes de escrever conversei um pouco com o Igor, porque queria entender como ele vê tudo isso, como ele olha pra trás. Primeiro pedi que ele comparasse as fotos da imagem e me sugerisse uma legenda para cada. Como me emocionou, ele lembra que era feliz e que hoje também é feliz! Ele não vê diferenças.

Embora seja necessário o controle do diabetes todos os dias, durantes as 24 horas não é isso que nos resume, somos pessoas como todas as outras, buscando a felicidade, errando, acertando e não será o diabetes que vai nos impedir de sermos pessoas incríveis com uma vida fantástica.

Tambem pedi ao Igor que escreve algo, para não sair do computador me enviou um email (Ahhhh o computador tem sido um problema pra nós):

"Oiee , hoje dia 18 de julho faço 6 anos que fui diagnosticado com Diabetes Melitus Tipo 1 , nesses 6 anos , mudou muita coisa de lá pra cá , fiz novos amigos , descobri novas coisas , viajei para outra cidade >.< , conheci o NR , Mark Barone , e muitas outras pessoas com diabetes como eu . eu acho q se não fosse pelo diabetes , eu acho q n tenho idéia de como seria , e óbvio como todas as outras coisas , sempre tem uma parte chata como , ficar medindo a glicose quando for brincar , ficar medindo a glicose e colocando na bomba antes de comer qualquer coisa , não exagerar na comida ( bom isso ninguém pode fazer ) . enfim , Feliz aniversário pra mim Emoji"
Sim, o Igor esta naquela fase que tudo que tira ele da diversão é chato. estudar, tomar banho, ajudar nas tarefas de casa, fazer dever escolar e não seria diferente com os cuidados com o diabetes, ele tem aceitado a alimentação, tomando decisões saudáveis, e sim, comemoramos a oportunidade de viver, pra nós é como se fosse uma segunda chance e estamos agarrados a esta chance de conhecer um novo mundo, este novo mundo é o meu mundo, o seu e de todos que de certa maneira estão envolvidos com o diabetes, são médicos, enfermeiros, educadores, voluntários, o farmacêutico, e essa grande família que formamos.
Obrigado a todos por nos ajudar de alguma forma a caminhar.

Não podemos mudar o passado, mas podemos aceitar nosso presente e caminhar para um futuro promissor.


*APDJ - Associação Pernambucana de Diabetes

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Hoje é dia dele: Kener Assis.


Pouco tempo depois que o Igor foi diagnosticado conheci o Kener Assis através das redes sociais, e também outros portadores de diabetes, mas ele me chamou a aatenção em especial pela pratica de atividades físicas de alto rendimento, quando ouvimos falar, conhecemos de longe, imaginamos logo: "Nossa, ele deve ter uma mega estrutura para conseguir ser atleta."
Tive a oportunidade de conhecer o Kener pessoalmente e compartilhar bons momentos de troca de informações, conselhos, palavras de conforto e principalmente de estimulo.
Não, o Kener não tem uma mega estrutura por traz das medalhas, ele tem garra e superação e isso so o torna mais admiravel como pessoa, como atleta e como portador de diabetes. Com certeza ele deve ter seus dias ruins, todos nós, com ou sem diabetes os temos, mas ele não desiste.

Hoje é aniversario dele, e essa é a minha forma de homenagea-lo, dividindo com vocês um pouco da historia dele:

"Há 15 anos, num exame periódico no trabalho, o triatleta Kener Assis descobriu que sofria de diabetes. Na época, embora um pouco afastado dos treinos, pedalava, corria e vivia uma fase intensa no trabalho, com problemas pessoais e estava às voltas com a conclusão de um curso superior. Combinação perfeita para alto índice de estresse.
- Saía muito cedo de casa e retornava por volta de meia noite, pois tinha que conciliar atividade profissional com a universidade. Tinha todos os sintomas e não me dei conta. Visão turva, fome e sede absurdas, perda de peso, urinava muitas vezes à noite, cansaço físico. Em pouco tempo saí de uma condição favorável de saúde para o diagnóstico de diabetes - disse o atleta, de 48 anos.
No início, ele chegou a se entregar às dificuldades que o diabetes impõe, negligenciando o tratamento e abusando da alimentação. 
- Desde garoto sempre gostei de atividades esportivas. No período do diagnóstico estava afastado do ciclismo e das corridas. Só conseguia fazer alguma coisa nos finais de semana: o básico. Refletindo, depois, percebi como aos poucos fui saindo do rumo seguro para uma direção que acionou o “gatilho” e trouxe o diagnóstico - disse Kener.
Entre as façanhas do triatleta estão cinco provas de ironman, algumas maratonas, ultramaratonas e dois desafios São Paulo-Rio, quando pedalou entre as duas cidades praticamente sem parar. O esporte o ajuda a conviver com o diabetes.
- Uma base bem estruturada te leva ao infinito e é composta de: orientação médica (endocrinologista), que fará a análise dos resultados dos exames e orientará sobre as medições glicêmicas e aplicações de insulinas; orientação sobre atividade física e esportiva (educador físico), que sabendo de sua condição prescreverá as atividades e o acompanhará durante a execução e orientação nutricional (nutricionista), que irá compor uma dieta alimentar e suplementar de acordo com sua condição e objetivos - destacou."
Fonte: Eu Atleta, Minha historia.


"Você já praticava esportes quando descobriu que tinha diabetes?
Desde garoto sempre gostei de atividades esportivas. No período do diagnóstico estava afastado do ciclismo e das corridas. Só conseguia fazer alguma coisa nos finais de semana: o básico. Refletindo, depois, percebi como aos poucos fui saindo do rumo seguro para uma direção que acionou o “gatilho” e trouxe o diagnóstico.

 O que mudou desde então? 
No meu caso diria que a mudança veio em fases. A primeira com o diagnóstico, onde um turbilhão de coisas me passou pela cabeça. Foram muitas informações em pouco tempo e a total falta de conhecimento do tema. Depois veio a negação, em que relutei em admitir e negligenciei o tratamento e a alimentação. Cheguei ao ponto de várias vezes abusar da alimentação e logo depois provocar vômito para ‘aliviar a culpa’ (risos). Como consequência foram diversas idas às emergências, pois são fases com tempo incerto, duram meses ou até anos! A grande virada foi uma passagem pela emergência hospitalar por conta de uma hiperglicemia. Após um ‘papo cabeça’ com um casal de médicos veio a aceitação. A partir disso entendi que a mudança era só minha e dependia única e exclusivamente de mim. Essa mudança é como uma porta onde só há fechadura por dentro. Somente quem está do lado de dentro (eu), pode abrir a porta da mudança. Assim o fiz. Passei a me questionar: como fazer para retomar o esporte sem ter problemas? Como conciliar tratamento e atividades esportivas?  Busquei me informar e em 2004 descobri um time maravilhoso, o Diabetes & Desportes (diabetesedesportes.com.br). Idealizado por dois amigos com diabetes, Marcelo Bellon (Curitiba) e Alexei Caio (São Paulo), temos como objetivo a troca de experiências sobre atividade física e o diabetes, tema escasso à época. Com isso veio a superação. Diria que a troca de idéias funcionou como ‘grupo de ajuda’ e a partir disso a mudança foi radical. Para melhor, claro!

De que forma o esporte o ajuda a conviver com o diabetes?
O bom controle do diabetes está condicionado ao que chamo de ‘tripé’. Uma base que uma vez bem estruturada te leva ao infinito e é composta de: orientação médica (endocrinologista), que fará a análise dos resultados dos exames e orientará sobre as medições glicêmicas e aplicações de insulinas; orientação sobre atividade física e esportiva (educador físico), que sabendo de sua condição prescreverá as atividades e o acompanhará durante a execução; orientação nutricional (nutricionista), que irá compor uma dieta alimentar e suplementar de acordo com sua condição e objetivos. Um detalhe: o apoio familiar é fundamental!
Portanto, o esporte é uma das ferramentas para um bom controle do diabetes além de nos dar a condição de conhecermos melhor o funcionamento de nosso corpo em diversas situações, o que é um diferencial e se torna vantajoso."


Parabéns Kener, por mais um ano de vida!

terça-feira, 14 de julho de 2015

AUTOMONITORAMENTO DA GLICEMIA CAPILAR

Tem chegado a mim, bastante reclamações sobre a quantidade de tiras recebidas no SUS, a maioria das pessoas reclama que não atende as suas necessidades, e eu devo concordar, somos regidos por leis e protocolos, então acho válido entendermos o que diz a lei e os protocolos para sabermos melhor quais são os nossos direitos.
Existe uma grande duvida entre as necessidades diárias de teste glicêmicos e a dispensação das tiras pelo governo porque cada secretaria de saúde tem seu protocolo, são as PREFEITURAS as responsáveis pelo fornecimento de tiras a população pelo SUS.
Então vou falar da LEI FEDERAL, DIRETRIZES DO MINISTERIO DA SAÚDE PARA ATENÇÃO BÁSICA, DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES E O PROTOCOLO DA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO.

O anexo da lei federal diz:
"O automonitoramento do nível de glicose do sangue por intermédio da medida da glicemia capilar é considerado uma ferramenta importante para seu controle, sendo parte integrante do autocuidado das pessoas com diabetes mellitus insulino-dependentes, aí compreendidos os portadores de diabetes mellitus tipo 1 (DM1), diabetes mellitus tipo 2 (DM2) que usam insulina e diabetes gestacional (DG).
. Critérios para inclusão dos pacientes:
- o automonitoramento da glicemia capilar não deve ser considerado como uma intervenção isolada;
- sua necessidade e finalidade devem ser avaliadas pela equipe de saúde de acordo com o plano terapêutico global, que inclui intervenções de mudança de estilo de vida e medicamentos;
- deve estar integrado ao processo terapêutico e, sobretudo, ao desenvolvimento da autonomia do portador para o autocuidado por intermédio da Educação em Saúde;
A freqüência diária recomendada em média deve ser três a quatro vezes ao dia.
Os portadores de diabetes tipo 1 e os que usam múltiplas injeções diárias de insulina podem fazer a glicemia de “ponta de dedo” 3 a 4 vezes ao dia e em horários de ocorrência de maior descontrole glicêmico permitindo ajustes individualizados da insulina; essas medidas incluem uma antes (pré-prandial ) e 2 horas após as refeições (pós-prandial) e ao deitar. O teste à noite é importante para a prevenção de hipoglicemias noturnas.
Para os que usam insulina e agentes hipoglicemiantes orais e praticam exercício, o AMGC antes, durante e, especialmente, horas após o exercício pode contribuir para estabelecer o nível de resposta à atividade física. Essa informação pode ser usada para fazer ajustes nas doses e/ou na ingestão de carboidratos e evitar alterações glicêmicas significativas, sobretudo a hipoglicemia."



O Caderno de Atenção Basica do SUS com orientações para o cuidado da pessoa com DIABETES mantem as orientações:
"É recomendada a monitorização da glicemia capilar três ou mais vezes ao dia a todas as pessoas com DM tipo 1 ou tipo 2 em uso de insulina em doses múltiplas (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2013) [Grau de Recomendação B]. Em pessoas com bom controle pré-prandial, porém com HbA1c elevada, a monitorização da glicemia capilar duas horas após as refeições pode ser útil. Em pessoas com DM tipo 2 em uso de antidiabéticos orais a monitorização da glicemia capilar não é recomendada rotineiramente (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2013)." pag 49.

A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda:
"Ao definir o esquema de automonitoramento da glicemia, deve-se ter em conta o grau de estabilidade ou de instabilidade da glicemia, bem como a condição clínica específica em que o paciente se encontra em um determinado momento. 
Não existe esquema padrão de frequência de testes glicêmicos que seja aplicável a qualquer paciente, indistintamente. É importante saber que a frequência de testes para portadores de DM2 deve ser determinada exclusivamente com base no perfil de resposta clínica do paciente ao tratamento instituído
Necessidade maior de testes:
  • Início do tratamento (Inclui diabetes tipo 2)
  • Ajuste da dose do medicamento 
  • Mudança de medicação 
  • Estresse clínico e cirúrgico (infecções, cirurgias etc.) 
  • Terapia com drogas diabetogênicas (corticosteroides) 
  • Episódios de hipoglicemias graves 
  • HbA1c elevada com glicemia de jejum normal

Freqüência dos testes:
PERFIL GLICÊMICO: SEIS TESTES POR DIA POR TRÊS DIAS NA SEMANA.

  • Testes pré-prandiais: antes do café da manhã, do almoço e do jantar
  • Testes pós-prandiais: 2 horas após o café  da manhã, o almoço e o jantar
  • Testes adicionais para paciente do tipo 1 ou do tipo 2 usuário de insulina:
  • Hora de dormir
  • Madrugada (3 horas da manhã) 

Necessidade menor de testes:
  • Condição clínica estável. 
  • Baixa variabilidade nos resultados dos testes, com HbA1c normal ou quase normal

Freqüência variável:
CONFORME TIPO, TRATAMENTO E GRAU DE ESTABILIDADE GLICÊMICA

  • Tipo 1: 3 testes ou mais por dia em diferentes horários, sempre
  • Tipo 2 insulinizado: 3 testes por dia em diferentes horários, dependendo do grau de estabilização glicêmica.
  • Tipo 2 não insulinizado: pelo menos 2 a 4 testes por semana, em diferentes horários, dependendo do grau de estabilização glicêmica." pag 264.
"O automonitoramento da glicemia capilar é um dos pilares que fundamentam e dão suporte à terapia basal bolus. Muitos pacientes deixam de realizar a glicemia capilar em horários fundamentais para o ajuste da terapia insulínica. A medição glicêmica ao acordar nos oferece uma noção da correta cobertura de insulina basal. O monitoramento antes das refeições possibilita, de modo correto, a aplicação da dose de insulina bolus, assim como a correção de hiperglicemias; a realiza- ção da glicemia capilar 2 horas após determinada refeição nos permite verificar se o fator de sensibilidade e da relação insulina-carboidrato estão realmente corretos. A utilização de um diário glicêmico é de fundamental importância e muitos pacientes tendem a utilizar somente a glicemia do momento para tomar atitudes, não levando em conta o histórico de tendências." pag 95.

A prefeitura do Rio de Janeiro tem um guia de referência rápida que resume as recomendações da Superintendência de Atenção Primária (S/SUBPAV/SAP), construído a partir do conteúdo disponibilizado pelo NICE (National Institute for Health and Clinical Excellence, NHS – Reino Unido) e adaptado para a realidade brasileira e carioca por profissionais que trabalham diretamente na Atenção Primária à Saúde (APS). O documento representa o posicionamento da S/SUBPAV/SAP e tem a função de orientar a assistência clínica nas unidades de APS na cidade do Rio de Janeiro.assistência clínica nas unidades de APS na cidade do Rio de Janeiro, que apresenta as seguintes recomendações:
"A SMS distribui glicosímetros e suas respectivas fitas, lancetadores, lancetas e seringas para os pacientes em uso de insulina em acompanhamento em uma das Unidades da Rede Municipal de Saúde. Sua dispensação deve seguir o protocolo abaixo, mas, a critério clínico, podem ocorrer mudanças na dispensação, desde que justificadas em prontuário.
• Crianças, adolescentes e gestantes: Fitas para 4 verificações/dia, 1 lanceta/dia, 1 seringa/dia.
• Adultos Tipo 1, Tipo 2, em uso de NPH e regular ou 3 doses/dia de NPH: Fitas para até 3 verificações/dia, 1 lanceta/dia, 1 seringa/dia.
• Adultos Tipo 2 em uso de 2 doses de insulina NPH: A critério médico, fitas para 5 verificações/semana, 1 lanceta/3 dias, 1 seringa/dia.
• Adultos Tipo 2 em uso de 1 dose de insulina NPH: Fitas para 3 verificações/semana, 1 lanceta/semana, 1 seringa/2 dias.
A SMS também dispõe de material informativo sobre aplicação, transporte e descarte." pag 21.


Mas devemos sempre lembrar que existe uma LEI FEDERAL que nos garante a quantidade de tiras determinado pelo medico, então, devemos sempre buscar nossos direitos nem que seja com processos judiciais.




FONTES:
Lei Federal: 
Caderno da atenção Basica 2013:
Recomendações da Prefeitura do Rio de Janeiro:
Diretrizes sociedade Brasileira de Diabetes 2013/2014: