terça-feira, 7 de setembro de 2010

Diabetes e Jiu Jitsu

Atendimento medico no dojô

É a temporada de torneios e campeonatos.
A maioria são campeonatos seguros na medida do possível, tem para médicos e ambulâncias nos locais, o atendimento em caso de lesão é imediato, acontece ainda no dojô, qualquer reclamação de dor o competidor é avaliado por um medico pra saber se pode ou não continuar  a luta.
No Ultimo que nós fomos, vi um rapaz de mais ou menos 20 anos, deslocar o ombro de bobeira, ele recebeu um golpe com o próprio kimono, é daqueles golpes que não dá pra sair, ele tentou até acabar o tempo de luta e no final só não chorou não sei porque. É o Igor de amanhã.
O Igor não participou do campeonato por causa da variação na glicemia causado pela ansiedade, como ele sabia que não ia lutar, chegamos no torneio com números otimos, precisamos até fazer refeições extras.
No próximo ele também não vai, no treino durante a semana ele fez não fez o que deveria fazer e arriscou uma lesão no cotovelo, o treinador conhece seus atletas, sabe de suas reações, mas um juiz não pode parar uma luta por que acha que o atleta não vai reagir, vale medalha.
Eu fico imaginando minha reação caso meu filho precise de atendimento no dojô, tem uma grade que nos separa do local da luta, ficamos longe, eu piro.
Arena de lutas simultâneas
O grande problema é, quando são chamados para a área de concentração não lutam de imediato, as vezes ficam lá por mais uma hora, as medições de glicemia só podem acontecer antes deles serem apresentados pelo treinador, ainda não consegui informações se pode acontecer diferente, quanto a hipoglicemia durante a luta não me preocuparia se pudesse medir no exato momento de entrar no dojô.
E tenho certeza de que o Igor não ficaria nada satisfeito de entrar no dojô apenas para não ser desclassificado e ver o braço do oponente ser levantado sem luta.
Não consigo uma resposta segura dos médicos quanto a aplicação de insulina antes da luta, são apenas 3 minutos, mas de muito esforço muscular, eu vejo como o Arthur sai exausto do dojô, são 3 minutos intermináveis pra mim.
Bom, no próximo domingo teremos outro campeonato, o Arthur vai lutar e o Igor vai como espectador, enquanto assistimos as lutas procuro mostrar o que não fazer e sempre não deixando passar em branco os resultados de não aceitar que foi derrotado.
Meu medo? Ele lesionar seriamente o cotovelo ou o ombro ou sofrer uma crise de hipoglicemia durante a luta.
No domingo, vou me informar sobre o dextro antes da luta, se é possível ele levar o glicosimetro para a concentração, ele quer ser um campeão, mas um campeão se faz com responsabilidade.
Quanto a hiperglicemia, o Arthur sugeriu que o inscrevesse e só avisasse que ele vai lutar quando fosse chamado, daria tempo dele lutar antes de alcançar números assustadores, é uma boa? Não sei....
Acho que ele deve aprender desde agora a lidar com a própria ansiedade, aprender a controla-la, hoje eu posso tentar dar uma volta nela, mas amanhã o mundo não fará a mesma coisa com ele só porque é diabético.
Vamos prepara-lo para a temporada 2011.

2 comentários:

  1. Este medo, parece-me, é comum a todas as mães. Neste fim de semana, Kaio apenas informou que iria para a roça com os amigos.

    IiiiiiHHH foi mais de hora de debate e discussão. No final, quando tentei apoia-la tive que ouvir:

    - Até você paiiiinho! Você que sempre defende que todos temos direitos? Até você quer proibir?

    Isso é que dá!

    Mas é vida que segue. Ele foi. Ele voltou. Mas, o medo, o receio, o temor, o suspense, arma a barraca bem ali na porta...

    Não sei como é sua situação, mas, tenho elementos que me permite imaginar.

    Este mês, é mês de revisão. Voltar a SSA, realizar exames, tirar sangue, etc e tal.

    Forte abraço.
    Um cheiro carinhoso.

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  2. A prefeitura de São Gonçalo (RJ) terá de regularizar a distribuição de insulina glargina.

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    10/9/2010 - O Globo



    A prefeitura de São Gonçalo (RJ) terá de regularizar a distribuição de insulina glargina aos beneficiários do Sistema Único de Saúde (SUS). A Justiça condenou o município a fornecer o remédio aos doentes, depois de uma ação movida pelo Ministério Público Federal. A 2ª Vara Federal de São Gonçalo determinou ainda que o Estado do Rio supra eventuais carências do medicamento. A decisão obrigou a secretaria municipal de Saúde a editar portaria para ser incluida no Programa de Controle de Diabetes.

    “A nova portaria fixa medidas para regularizar a distribuição da insulina glargina. No entanto, caso persistam os problemas na distribuição do medicamento, o MPF deverá ser avisado pelos pacientes para aplicar as penalidades à Prefeitura”, afirma o procurador Lauro Coelho Junior.

    Em inquérito civil, o MPF apurou que a prefeitura não fornecia o remédio regularmente. Segundo o ministério, houve tanto o descumprimento de uma sentença definitiva de julho de 2009, como de uma decisão liminar de setembro de 2006 (um mês após a ação ser movida).

    O MPF informa que a prefeitura centralizou o fornecimento da insulina glargina nos postos médicos de Neves e de Alcântara, que devem validar a prescrição de cada paciente. Os diabéticos gonçalenses tem que comprovar em laudo médico a ineficácia do uso de outras insulinas. A entrega da insulina glargina será mensal e a receita deverá ser renovada a cada três meses.

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