domingo, 7 de novembro de 2010

Novas adaptações.


Depois de 1 ano e 4 meses de diabetes, chegamos ao impasse de novas mudanças.
Primeiro é quanto ao colégio, não dá mais pra ele continuar estudando a tarde, está afetando demais o controle glicemico.
Sempre chega a noite com altas glicemicas e não dá pra corrigir como rigor por conta da possibilidade de hipoglicemia de madrugada.
Já decidimos para o Colégio que ele vai, está todo feliz, vai ter uma enfermeira a disposição, acredito que ele fique mas seguro sem contar que tem outra criança com diabetes no colegio, ele gostou disso.
Outra adaptação, não menos importante, é quanto a minha vida pessoal, desde que o diabetes surgiu, eu tenho deixado de lado muitos projetos pessoais, eventos, tenho deixado de me divertir, não tenho muito tempo livre pra mim.
Estamos nos organizando de modo que isso seja possível, é difícil quando se é o único cuidador de uma criança com diabetes. Impor que outras pessoas da familia participem do tratamento é estranho, no começo eu esperava que fosse voluntariamente, mas hoje eu tenho em mente que não posso continuar com essa responsabilidade só pra mim, imagine se algo me acontece? O que acontece com meu filho na sequencia?
A rotina é cansativa, e sem lazer fica muito mais cansativo, não tem recarga de energia, não tem descontração.
Hoje estamos totalmente adaptados a rotina do controle do diabetes, ela acontece naturalmente, muitos se surpreendem com a autonomia do Igor e com a maneira que lidamos com tudo, aplicar insulina, fazer o dextro mesmo que em publico não nos afeta em nada, infelizmente afeta alguns que assistem a cena.


Ontem fomos numa festinha infantil, imagine festa infantil com chuva numa casa com quintal... Tinha uma mãe enlouquecida, apavorada coma possibilidade da filha pegar uma gripe, e reclamou tanto que estava começando a me incomodar... Depois de um tempo correndo e pulando la vem o dextro:
- Ele é diabético?
-É sim.
-Você não tem medo dele pegar uma pneumonia?
- Chega uma hora em que temos que decidir entre viver e ficar com medo de viver pra não ficar doente, se eu tiver esse medo meu filho não vive. 
- Mas minha filha é muito alérgica.
- Meu filho também, é alérgico a poeira, mudança do tempo, pelo de animal, antibiótico, dipirona e diabético, só que hoje ele veio se divertir com um amigo.
O papo se encerrou assim, a pobre menina finalmente foi liberada para brincar, a mãe não sei se por vergonha ou preconceito, isolou-se num canto da festa. Eu não tenho medo do Diabetes, eu sei exatamente o que fazer para controla-la.


Bom, chegou a hora de retomar muita coisa que ficou de lado por todo esse tempo, tenho ficado afastada do blog por conta dessas novas adaptações, mudar é cansativo e me tira um pouco a inspiração.


Em breve teremos um evento para crianças com Diabetes no Rio de Janeiro e espero encontrar mães que leiam meu blog por lá, todas as informações encontram-se no post anterior, não esqueçam de vestir azul no dia 14 de novembro!!!!

2 comentários:

  1. Olá!
    Vamos nos encontrar lá na festa e nos conhecer.
    Tbem passo por algumas mamães tipo essa da festa.
    E muito engraçado..rs
    Na escola do JP tbem tem 3 crianças diabeticas inclusive vão na festa.
    Bjs
    Boa semana

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  2. É mesmo assim. Agora que saímos de uma situação, chegou a minha diabete hereditária, tenho que fazer controle disso, controle daquilo, regime alimentar. E para tanto, Kátia é quem cuida de mim, de PH e de Kaio. Estamos todos nas mãos dela.

    Comemos na hora marcada, o que se tem que comer.

    No entanto, se não vigiar, não se faz mais nada da vida!

    Força, coragem e luta diária! Boa semana!

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