Desde que o Igor foi diagnosticado, tenho sentido a necessidade de ter uma associação ATIVA no Rio de Janeiro. Hoje nós temos muitas em polos de atendimento do SUS, com um funcionamento que não atendem as necessidades dos portadores, não do meu ponto de vista. Nós temos o maravilhoso trabalho da UADERJ, que esta com o programa Projeto Oftalmologista Amigo do Jovem Diabético que atende diabéticos com até 30 anos, mas que é uma União de associações, lembrando que o trabalho que a Drª Solange Travassos tem feito a frente da UADERJ é inquestionável e de âmbito ESTADUAL, e já trouxe muitos benefícios.
Mas quantos pais não desejariam numa manhã de Sábado ou domingo, sentar com um grupo para conversar sobre diabetes? Levar seus filhos para conversarem com outras crianças da mesma idade, com os mesmos problemas? Quem num momento de sufoco na escola dos filhos por causa do diabetes não gostaria de ter a ajuda de um órgão respeitado em seu município? Quem num momento de falta de medicamento não gostaria de ter a quem recorrer? Eu desejo.
Não só por mim, mas por todas as famílias que não tem tem tanto acesso assim a informação, que não tem o tempo que eu, ou você temos de pesquisar na internet sobre soluções, ou as vezes até tem, mas não dispõe do conhecimento necessário para lidar com a internet.
Eu não consigo ser egoísta, ao ponto de pensar que a associação ideal seria aquela que atende apenas as minhas necessidades e as do meu filho, não... eu desejo que toda a criança portadora de diabetes tenha um futuro sem sequelas e que exista uma associação que lute pelas famílias não sabem como fazer, uma associação que reúna essas famílias e JUNTAS possam traçar caminhos de um futuro bom para todos, independente de classe social.
Muitas famílias não tem atendimento com equipe multidisciplinar, eu quero uma associação em que todos lutem por isso, independente de ter esta equipe a disposição ou não.
Um espaço onde, toda e qualquer ação em favor do diabético seja endossada por todos, sem restrições.
Não sei se sou romântica, se isto é possível... mas sei que devemos lutar por isso, cada um em seu município, reunir pais, sentar pra conversar sobre as dificuldades, os sucessos, trocar informações sobre este caminho que todos temos pela frente, que é um futuro sem sequelas para nossos filhos.
Se o diabetes não discrimina ninguém? quem somos nós para faze-lo?
o que eu mais quero é que isto também em minha cidade ,moro em ouro preto mg,tenho muitas dúvidas ,pois meu filho tem 5 anos e é dm1,às vezes nós mães nos sentimos tão sozinhas,precisando de uma palavra amiga,adorei o que você escreveu,meu nome é cláudia e o nome do meu filho é lucas.
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